Muitas das plantas usadas em aquários aceitam a emersão, é um método simples e barato de manter suas plantas para futuras montagens e compartilhar com seus amigos. O segredo é como essa planta será adaptada no novo ambiente, é necessário ter alguns cuidados na hora de montar a sua estufa e ficar atento a certas épocas ano, pois o calor tende a sacrificar um pouco o seu cultivo.
Há alguns anos venho feito isso como um hobby secundário ao aquarismo, como eu gosto de plantas desde criança não foi algo difícil para mim. A necessidade do cultivo emerso veio quando recebi minhas primeiras mudas de “Cuba” e perdi a maioria no aquário, sobrando apenas 3 mudinhas minúsculas no qual tentei o meu primeiro cultivo emerso com sucesso.
Eu tenho dividido minha experiência com algumas pessoas e felizmente todos estão tendo êxito, serve até como forma debackup se um dia você perder a planta o seu colega terá. O sucesso do seu cultivo emerso quem vai dizer é a sua experiência e os testes que você irá fazer de acordo com os métodos abordados nesse artigo.
O Substrato: Existe dezenas de opções para utilizar como substrato, eu prefiro utilizar húmus de minhoca ou reutilizar o substrato fértil industrializado desses para aquário. Uma boa opção é fazer uma mistura entre húmus de minhoca, areia e laterita (fonte de ferro).
A iluminação: Para evitar o ressecamento das plantas e manter a umidade, deixe o seu cultivo onde receba apenas a luz matinal ou indireta do sol por apenas algumas horas do dia. Vá adaptando conforme a necessidade de cada planta.
A adaptação: Já escutou a frase “a natureza sempre dá um jeito”? O fato é que todas as plantas carregam seu fator de adaptação. Aqui em casa eu já tive Christmas Moss nascendo no chão, Cryptocoryne e Hemianthus callitrichoides nascendo nos vasos de cactos e até Riccia fluitans em pequenos espaços do piso. Tudo isso houve adaptação e o que chamo de sobrevivência da natureza! Como eu reutilizo meu substrato e minha água, deve ter nascido através disso.
Os Problemas: Alguns problemas podem acometer o seu cultivo, o principal deles é você mesmo. Mantenha uma rotina semanal entre manutenção e umedecer as plantas, se você esquecer de aguar durante alguns dias corre o risco de perder todo o cultivo. Existe métodos automáticos para manter seu cultivo sempre molhado, iremos abordar sobre isso em breve.
As plantas destinadas para aquário não estão isentas de pragas, abaixo uma imagem da Staurogyne repens destruída por pulgões.
Outra imagem que destaca bem a voracidade dessa praga, nesse caso foi uma Hydrocotyle tripartita, eu perdi mais de 1 metro dessa planta. A única solução é combater os pulgões e submergir a planta.
- Cultivo emerso de plantas aquáticas com pote de sorvete por André Albuquerque;
- Cultivo emerso de plantas aquáticas com garrafa PET por Alan Ishida;
- Cultivo de plantas emersas para aquário em hidroponia por Lescan Junior;
- Cultivo de plantas emersas ditas como low-tech por Fabricio De Oliveira e Luiz Henrique;
- Micro estufa para cultivar Musgos por Esdras Souza;
- Cultivo de plantas emersas para Aquário por Renato Kaneshiro;
Cultivo emerso de plantas aquáticas com pote de sorvete
Itens necessários:
• 1 Pote de sorvete;
• Filme de pvc;
• Substrato (industrial ou húmus);
• Manta acrílica;
• Hemianthus Callitrichoides Cuba.
1º Passo – A água deve ser mantida até o furo, para manter dentro sempre úmido e ao mesmo tempo evitar que inunde as plantas.
2º Passo – Crie uma camada de mais ou menos 3 centímetros de substrato fértil e cubra com a manta acrílica. A manta serve para reter água e manter a umidade.
3º Passo – Pique sem medo a Hemianthus callitrichoides Cuba e deixe como a imagem acima
4º Passo – Jogue as Hemianthus picadas por cima, deixando bem distribuída.
5º Passo – Cubra o recipiente com filme de pvc, assim manterá uma boa umidade que é a chave do cultivo.
Depois de alguns meses aqui o resultado, observem que chega um momento do cultivo que elas não precisam mais da cobertura.
Dicas para esse tipo cultivo:
• Borrifa seu cultivo 4 vezes por semana mantendo a umidade;
• Não colocar em lugar quente ou sol forte, eu costumo colocar em lugares com luz indireta ou o sol da manhã.
Cultivo emerso de plantas aquáticas com garrafa pet
Esse é um ótimo método de reutilizar as garrafas pet, é um dos cultivos que eu mais gosto.
Por Alan Ishida
Itens necessários:
• Garrafa pet;
• Perlon/Manta Acrílica;
• Terra preta;
• Areia de filtro de piscina ou Areia Lavada;
• Dremel ou Furadeira;
• Tesoura;
• Glossostigma elatinoides, Eleocharis e Hemianthus Callitrichoides Cuba.
1º Passo: Corte a garrafa pet mais com mais ou menos um dedo acima da linha do rótulo conforme a foto acima.
2º Passo: Pegue um pedaço de Perlon/Manta Acrílica e coloque no gargalo da garrafa pet, assim o substrato fica retido no recipiente e não entra em contato direto com a água.
3º Passo: Adicione a terra preta conforme a foto e por cima coloque uma leve camada de Areia de filtro de piscina ou areia lavada para sujar menos as plantas e para facilitar na hora do plantio.
4º Passo: Plante a porção de planta carpete em tufos com um ou dois dedos de espaçamento entre elas.
5º Passo: Encha de água a parte inferior da garrafa pet e coloque cuidadosamente a parte invertida de cima da garrafa pet.
6º Passo: Com a dremel ou furadeira faça um pequeno furo na garrafa pet para não inundar o recipiente.
7º Passo: Deixe em um local onde pegue tanto sol direto quanto indireto em algumas horas do dia. Evite local seco e muito quente.
Manutenção: A manutenção consiste na reposição da água que fica na base da garrafa pet, sendo que periodicidade vai depender do clima da sua região. Aqui onde moro costumo repor de 15 em 15 dias. Outro ponto importante é refazer o cultivo sempre que este estiver totalmente coberto para evitar que parte das plantas fique sem receber luz solar o ocasionando o seu amarelamento.
Imagens de aproximadamente 1 mês depois.
Cultivo de plantas emersas para aquário em hidroponia
Esse cultivo é um dos mais fantástico que eu conheço, foi a partir dele que eu aprendi a cultivar minhas plantas.
Por Lescan Junior
Itens necessários:
• Bandejas;
• Sementeiras;
• Espuma fenólica do tipo Green Up;
• 2 bombas submersa (Quiet One 800);
• Fertilizante da marca Mydor chamado “All in One”.
Resolvi colocar algumas plantas aquáticas em bandejas com um leve fluxo de água corrente, quase um ano depois, apresento-lhes a evolução do meu mini sistema hidropônico, com uma produção mensal de cerca de 1540 mudas em 20 bandejas com 77 mudas por bandeja.
A finalidade inicial deste projeto, partiu da necessidade de aproveitar as constantes podas que faço em meus aquários, transferindo as mudas para o quintal. Tentei primeiro em vasos, mas não dava certo, uma vez que viajo muito e não tinha tempo para regar as plantas. Eu precisava ter um fluxo de água e fertilização constante – sem muita sujeira ou mão de obra.
Desta forma, com base nos conceitos hidropônicos existentes, desenvolvi este “Mini sistema hidropônico caseiro para criação de plantas aquáticas emersas”, que utiliza materiais comprados em lojas de 1,99, mangueiras comuns para aquários e duas bombas submersas fracas (eu utilizo Quiet One 800), pois sei que esta não queima, a grande vantagem dessa bomba é que em caso de entupimento e falta de água no sistema ela continua trabalhando normalmente, até que a água seja reposta, outra grande vantagem é a possibilidade de um controle “fino” de vazão que não apresenta oscilações a fim de que seja enviada a quantidade correta de fluxo de água para o sistema. O espaço utilizado atualmente é de cerca de 10 metros de comprimento por 30 centímetros de largura. Abandonei a ideia de substrato orgânico – o desenvolvimento é muito mais lento – e parti de vez para a hidroponia química.
Modo de fazer:
Para minha surpresa estou obtendo excelentes resultados . Dentro das bandejas plásticas (brancas) coloco bandejas plásticas pretas, conhecidas em agricultura como sementeiras – com células cônicas (contendo 77 células cada – na verdade contem um pouco mais, mas eu recorto as sementeiras para se adequarem ao tamanho das bandejas) . O sistema não cria algas, tendo em vista tratar-se de água corrente (costumo aproveitar a água das minhas TPAs), sendo que as próprias plantas em desenvolvimento impedem que o sol incida sobre a água.
Substrato utilizado = Espuma fenólica do tipo Green Up (foto acima). Imagem ilustrativa: Rodolfo Coletti/Flickr
Imagem ilustrativa: Hidrovista
Com relação ás plantas, são introduzidas a partir de uma pequena muda em (espuma fenólica do tipo “green-up” fabricada pela Floral Atlanta) levam de 15 a 20 dias para estarem prontas para o replantio (no aquário, é claro).
Imagem: Vacuumcenter
Dentro das bandejas plásticas (brancas) coloco bandejas plásticas pretas, conhecidas em agricultura como sementeiras – com células cônicas (contendo 77 células cada – na verdade contem um pouco mais, mas eu recorto as sementeiras para se adequarem ao tamanho das bandejas).
Imagem ilustrativa
Após molhar as placas eu introduzo cada quadradinho dentro da célula especifica (bandeja preta abaixo) e só depois furo quadradinho por quadradinho com a ponta de uma caneta. Após isso eu coloco as mudas (coisa mínima) com uma vareta de guarda chuva (foi o melhor instrumento que encontrei até hoje para isso) As bandejas brancas foram adquiridas em lojas de 1,99 . Custaram cerca de 3,00 reais cada, pois são de um tipo “reciclado” que caiu como uma luva ao sistema.
Imagem: Edplast
Os furos para o encaixe das mangueiras nas bandejas foram feitos com um ferro de soldar quente e as mangueiras foram aplicadas com o plástico ainda quente. Dessa forma não houve nenhuma necessidade de vedação posterior . O próprio plástico quente isolou a mangueira impedindo vazamentos . As bandejas branças foram fixadas à parede através de mãos francesas de latão também compradas em lojas de 1,99.
Como solução hidropônica, após vários testes, estou usando atualmente um produto para aquário marinho fabricado pelaMydor chamado “All in One” por recomendação de um químico amigo meu (trata-se de um mix de micro e macro nutrientes que adequa-se perfeitamente à minha necessidade e com o qual estou obtendo os resultados que vocês verão a seguir – estou utilizando a dosagem recomendada para um aquário marinho).
Também já usei sais de um kit hidropônico encontrado em lojas de agricultura (uma mistura de 5 pozinhos para diluição em 1000 litros) e um fertilizante liquido NPK + micro nutrientes destes usados em jardinagem, no entanto, com o passar do tempo, percebi que algumas plantas “melam” ou “queimam” com essas outras misturas. A impressão que tive é que as vezes ocorria a precipitação de alguma substância contida na solução nutritiva – ficava um pozinho no fundo das bandejas – e as plantas queimavam (principalmente as Hemianthus) ou ficavam “meladas (principalmente as Glossostigmas)”.
Observação: Não adianta utilizar fertilizante líquido para plantas de aquário, pois estes não contem macro nutrientes, assim como acho arriscado misturar macro e micro em soluções distintas (para quem não tem perfeito domínio de química) pois acredito que exista o risco de haver super dosagem e/ou precipitação de substâncias (os químicos de plantão que me corrijam).
Hemianthus callitrichoides Cuba
Heteranthera zosterifolia
Glossostigma Elatinoides
Somente para entender a simplicidade do sistema, vejam que há um balde com água e solução hidropônica, onde encontram-se as bombas que jogam a água para a bandeja mais alta . A água escoa por gravidade, de bandeja em bandeja e retorna ao balde por uma mangueira que liga a bandeja mais baixa ao mesmo.
Gostaria de esclarecer que eu não comercializo plantas e faço isto apenas como experiência e popularização do hobby. As plantas produzidas neste sistema são doadas para utilização na montagem de aquários vitrine de diversas lojas do Brasil, com as quais mantenho relações comerciais (isso faz parte do meu trabalho).
Essa foto (acima) mostra quando reiniciei o cultivo (partindo do zero) através da introdução de novas mudas. Todas as plantas produzidas anteriormente foram doadas a pessoas com as quais tenho relações comerciais ou utilizadas em montagens da Empresa. O cultivo teve que ser reiniciado, devido a uma peculiaridade das plantas: Quando atingem a idade adulta e seu desenvolvimento pleno, essas acabam utilizando nutrientes em proporções bem menores, do que quando em fase de crescimento. Desta forma, a solução hidropônica acaba tornando-se concentrada demais para a cultura, prejudicando-a, afinal, da mesma forma que a falta de nutrientes, também o excesso tende a prejudicar as plantas. Em minhas observações pude notar que algumas plantas simplesmente “melam” e/ou apresentam clorose e/ou necrose nesse estágio. Isso em geral ocorre após a floração. Concluí portanto, ser este é o momento de se fazer a colheita e reiniciar o plantio.
Vista geral do sistema em pleno funcionamento. Nessa foto vemos nitidamente a maneira que cada bandeja se comunica. O botijão de gás é do fogão da minha mulher e não tem nada a ver com o sistema, ok ? (muita gente já me perguntou isso!).
Seguem abaixo fotos de uma nova geração de plantas produzidas pelo meu sistema hidropônico.
Algumas plantas como a Rotala rotundifoia (foto abaixo) apresentam desenvolvimento tão exagerado, caso não sejam colhidas do sistema que acabam descendo até o chão. O grande inconveniente disso é que as mudas ficam grandes demais e a planta passa a não absorver mais a solução de maneira devida, tendo em vista já ter alcançado seu pleno desenvolvimento. O próximo passo nesse caso é a floração (com fins reprodutivos) e a posterior morte (lenta) da planta que acaba não recebendo luz em suas raízes que apodrecem aos poucos e podem contaminar todo o sistema. Uma solução viável para que isso não ocorra é uma poda agressiva (caso o aquarista não queira replantar tudo novamente)
Ne artigo eu citei vários exemplos, desde o básico ao mais avançado para montar o seu próprio cultivo de plantas emersas para aquário, além desses métodos existe outras variedades que você pode utilizar, há dezenas de maneiras basta utilizar a criatividade e não ter medo de arriscar. Confira abaixo alguns destes exemplos.
Cultivo de plantas emersas ditas como low-tech.
Para iniciar esta parte do artigo entende-se que o termo low-tech será usado para plantas de pouca exigência luminosa e metabolismo mais lento, como aráceas (Anubias, Cryptocorines, Bucephalandras e outras) e Pteridofitas (Micosorium, Bolbitis e outros). As plantas low-tech são plantas que exigem pouca iluminação e fertilizantes se comparadas com as demais plantas. Seu crescimento é mais lento por isso, deve-se fornecer ótimas condições para que as plantas possam crescer saudáveis.
Por Fabricio De Oliveira e Luiz Henrique (Aqualeaf)
Itens necessários:
• Deve-se escolher o tipo de estufa. Pode-se usar garrafas pet, bacias, aquários etc. Eu particularmente uso aquários velhos tampadas com uma placa de vidro ou potes plástico estilo Tupperware, mas podem ser usados potes de paçoca, panelas velhas e o que mais a sua imaginação mandar.
Os métodos abordados na manutenção serão focados em sistemas caseiros de baixa manutenção, voltados ao publico hobbysta que quer somente manter algumas plantas em casa para usar em seu cultivo ou para fins de coleção. Serão sempre sistemas fáceis de montar e manter em pequena escala. Em larga escala deve-se adotar outros métodos produtivos.
Existem vários métodos de emersão destas plantas, eu já testei vários, desde sistemas sem proteção, cultivadas ao ambiente, vários tipos de estufas fechadas para a contenção da umidade. No meu ver, principalmente para quem mora em locais que tem estações do ano bem secas o sistema de pequenas estufas é o melhor. Com maior umidade, as plantas crescem melhor, gastam menos energia com equilíbrio hídrico e consequentemente influência diretamente no crescimento da planta.
MODO DE FAZER:
Formas de Plantio
Substrato espalhado na estufa: Este modelo é simples, espalhe todo o substrato pelo recipiente, podendo ou não isolar com uma camada de areia, isso vai depender do substrato usado e das plantas escolhidas e depois coloque as plantas.
Vantagens: mais fácil de montar, mais espaço útil, plantas mais exigentes quanto a água ou plantas oriundas de cultivo imerso se adaptam melhor nesse sistema, pois podem ficar em contato direto com uma coluna de água acima do substrato.
Desvantagens: não evita que uma espécie domine a outra levando a morte ou mesmo a mistura de espécies parecidas, portanto é indicado somente para uma única espécie de planta. Outra desvantagem caso o substrato apresente algum problema ou esteja velho, tem que retirar tudo ao mesmo tempo e renovar.
Método do vaso: O substrato fica contido em vasos ou recipientes com um furo no fundo. No container que irá abrigar as plantas adicione aproximadamente 2cm de água deixando grande parte do vaso fora do contato com a água. Na minha experiência, esse método de adicionar uma pequena lâmina d’água mantém o substrato sempre úmido, porém menos encharcado que no sistema tradicional, o que melhora a respiração das raízes e isso reflete em melhor crescimento vegetal.
Vantagens: Em um mesmo aquário pode-se ter inúmeras espécies diferentes de forma organizada, sem misturar ou ter o risco de dominação e morte de espécies menores ou mais frágeis. Pode-se ter vasos com diferentes tipos de substratos para cada tipo de planta, organizando assim o espaço e não precisando ter inúmeras estufas. Quando for trocar o substrato pode-se fazer por etapas, cada vaso por vez, otimizando o tempo do hobbysta.
Desvantagens: Diminui um pouco o espaço útil. Plantas em adaptação a emersão podem sofrer um pouco, porém pode-se elevar o nível da água até a borda do vaso, mas isso pode ser problemas para as plantas já adaptadas que ficaram com as raízes totalmente emersas.
Primeiro vou falar sobre substratos, pois tem vários modelos de estufas e falaremos deles por ultimo.
Substrato compacto: Este tipo de substrato não é indicado para Microsorium, Bolbitis e outros fetos pois necessitam de substrato mais aerado e granuloso, porém pode-se manter ela nesse sistema, mas não é o mais indicado. Eu uso quase a mesma mistura de húmus para aquário, laterita no fundo, húmus e areia na relação 50%.
Substrato granuloso: A maioria destas plantas gostam de substrato granuloso e de origem vegetal. Este método ajuda na aeração do substrato, evita a compactação. Anubias e microsorum no seu ambiente natural não enraízam em solo, mas sim espalham suas raízes sobre galhos e pedras, igual as samambaias e orquídeas terrestres.
Eu uso em minhas culturas uma mistura de 50% de mix de orquideas de media granulometria como na foto, composto de sphagnum, carvão e casca de pinus,30 a 40% de húmus tratado e 10 a 20% de areia media. Quando se trata de anubias eu uso 30% de húmus 10% de areia e 10% de laterita. Anubias e algumas bucephalandras mostram uma preferência por pedras férricas, sendo que quase toda a raiz se adere a pedaços de laterita e vasos com este substrato demostram melhor desenvolvimento das anubias que em substratos sem. Quando eu não acho substrato de orquídea , eu mesmo monto o meu, usando os produtos citados e as vezes coloco casca de coco para acidificar o meio.
No caso especifico de Cryptocorynes e Anubias eu já as mantive em um substrato somente com húmus e areia meio a meio, um pouco de laterita e uma camada inerte de areia de uns 4 a 5 cm, similar como se faz em aquários. O desenvolvimento foi muito bom, porém, quando se tem mais material orgânico, como sphagnum e casca de coco que eles ajudam a acidificar o meio, que no caso das Cryptocorynes é muito importante.
PRINCIPAIS CUIDADOS:
Embora sejam plantas de pouca manutenção, no cultivo emerso é bom estar atento as seguintes condições:
1 – Manter sempre a umidade alta (Ponto de Orvalho);
2 – Colocar o recipiente com as plantas em locais frescos com Iluminação indireta (Claridade);
3 – Evite ficar mudando as plantas de local, plantas low-tech não apreciam mudanças bruscas no seu habitat, podendo levar a morte;
4 – Se possível, borrifar água com pulverizadores encontrados em lojas de cosméticos 1 vez ao dia nos horários mais frescos (manhã ou tarde);
5 – Trocar a lâmina d’água sempre quer houver uma concentração de algas.
Antes (Chácara Takeyoshi)
Depois (Chácara Takeyoshi)
Outras imagens
Micro Estufa para Cultivar Musgos
Por Esdras Souza
Aproveitando a ideia dos potinhos “porta trecos” utilizei os mesmo para cultivar musgos, pois eles proporcionam um ambiente bastante úmido, mantendo condições de CO2 suficiente para o cultivo. Abaixo segue o passo a passo de como faze-los.
Itens necessários:
• Garrafa pet;
• Tesoura.
Passo 1: Pode ser feito com garrafa de Coca-Cola de 2 litros ou de 1 litro. Na foto fiz com a de 1 lutro, mas é o mesmo processo. Corte a garrafa logo abaixo do rótulo (onde tem uma divisão) e lave.
Passo 2: Corte a cada dois gominhos (tem as divisões em gomos) até onde começa a formar uma cintura na garrafa. Só até onde começa, senão depois ele não trava naturalmente.
Passo 3: Depois de cortado os gomos, arredonde as pontas, para que ninguém se machuque.
Passo 4: Coloque cerca de 2 a 3 cm de água, coloque uma pedra e o musgo por cima sem amarrar, só deixar em um lugar com bastante claridade e manter o nível de água, logo estará repleto de musgos.
Cultivo de plantas emersas para Aquário
Renato utilizou várias técnicas de cultivo emerso para fazer a sua própria, basta um pouco de experiência e criatividade!
Por Renato Kaneshiro
Itens necessários:
• Recipiente transparente com tampa para servir de mini estufa, pode usar garrafa pet;
• Camada fértil: Húmus com a laterita, terra vegetal com a laterita ou um substrato fértil industrializado (Exemplo: Amazônia Mbreda);
• Camada Inerte: Areia de filtro de piscina ou cascalho fino;
• Plantas que aceitem a emersão.
Quando o cultivo for “aberto”, ou seja sem estufa, tem que regar com mais frequência repor a água quando necessário devido à evaporação. Quando estiver em estufa a água evaporada fica retida e evita uma maior rotina na questão da reposição da água.
Bandeja de Glossostigma elatinoides e Eleocharis mínima foi utilizado areia vegetal e húmus de minhoca com um pouco de areia de filtro de piscina.
A Rotala Rotundifolia e a Ludwigia Sp Red estão com cascalho e substrato industrializado. A Lobelia cardinalis small form foi utilizado húmus de minhoca e laterita.
Outras imagens de cultivos diversos
Antes
Depois
Cultivo emerso de plantas low
Anubia emersa
Bucephalandra Emersa
FONTE: www.aquaa3.com.br