Afinal o que é?
Logo de cara o nome entrega o foco do aquário... um tanque onde são usados métodos e materiais artesanais ou alternativos, o que de forma alguma interfere na eficiência destes e muito menos no suporte ao sucesso do aquário.
Neste momento é melhor já diferenciar um low tech de um aquário com plantas.
Aquário com plantas.
Seria um tanque cuja flora é composta de plantas pouco exigentes, muitas vezes plantadas em substrato simples de areia ou cascalho fino (1 a 2 mm) e nutridas com fertilização líquida, mas que pode contar com equipamentos Hi-tech como canisters, iluminação por LED ou T5, etc.
Claro que pode contar com um substrato fértil como os diversos substratos industriais disponíveis no mercado, disponibilizados em determinados locais onde as moitas de plantas irão ser posicionadas ou até mesmo disponibilizado em recipientes/vasos que poderão ser retirados para troca/mudança de paisagismo ou renovação do material fértil, mas daí o ideal seria partir para plantas mais exigentes ao invés das não exigentes em substrato fértil (e CO2 e iluminação).
Aliás, a maior característica de um aquários com plantas que o difere de um plantado é o carpete que exige que o substrato fértil cubra totalmente a extensão do aquário (embora plantas carpetes como Sagittaria subulata pusilla e musgos possam ser usados em aquários com plantas, pois embora não se espalhem como em um substrato fértil, em areia elas vão muito bem e podem ser emersas e plantadas em quantidade que compense sua limitação de reprodução) e lembrando que de forma alguma aquários com plantas deixam de tem uma flora densa, pois justamente essas plantas pouco exigentes muitas vezes crescem e se ramificam (ex:Hygrophila polisperma e Vallisneria sp) ou são de tamanho que ocupa um espaço razoável do substrato, muitas vezes fechando um canto com poucas plantas (ex: Echinodorus sp e Hygrophila corimbosa).
Normalmente a iluminação em aquário com plantas fica entre 0.4w/l e 0.8w/l.
Aquário Low tech.
Embora em muitos aspectos tenha semelhança com um aquário com plantas, um low tech prima pelo uso de substrato simples ou quando fértil produzido pelo próprio hobbysta através do tratamento do húmus de minhoca e misturado com laterita (minério de ferro) ou outro substrato artesanal, prima também pelo uso de injeção de CO2 através da fermentação ou da reação química entre um ácido e bicarbonato e para finalizar a "sagrada trindade" para flora, temos a iluminação com o uso de lâmpadas fluorescente tubulares T8 ou lâmpadas compactas (as chamadas lâmpadas econômicas).
A flora em muitos aspectos é muito semelhante com a de um aquário com plantas, mas como existe certa tendência a uso de pedragismo e troncos no paisagismo low tech, a área plantada é menor e muitas vezes se emprega flora muito resistente amarrada aos troncos ou entre as pedras/troncos (ex: Microsorum pterus/Windelov, Anubias sp e Cryptocorynes sp), inclusive em muitos casos (e com essa flora) a iluminação é bem menor do que em um aquário com plantas.
Muitas vezes o que for dito nesse texto pode ser usado tanto para low tech quanto para aquário com plantas.
Por que não ter um plantado? Todo mundo tem e dá status!
Olhem os aquários com baixa tecnologia (assim como os de plantas) tem uma série de vantagens sobre os aquários plantados.
Apesar de terem as mesmas vantagens no que tange ao paisagismo (basta procurar na net para ver diversas montagens maravilhosas de "low techs") ele é um aquário muito mais estável (e com isso menos dependente de testes rotineiros) e menos complicado, onde a dosagem de fertilizante líquido é bem menor, as manutenções bem mais simples (principalmente nas podas) e permite maiores intervenções no paisagismo como a troca de plantas e enfeites de lugar sem perigo de alterações dos padrões físico-químicos e/ou contaminações/vazamentos e quando (e se) ocorrem desequilíbrios, estes são muito mais rapidamente e facilmente resolvidos do que em um plantado e tudo isso ainda por cima, com um custo muito menor!
Mas nem tudo são flores, pois um aquário de baixa manutenção tem suas desvantagens como o distanciamento (devido a menor necessidade de manutenção) entre o tanque e o aquarista, pois muitos (entre os quais me incluo) apreciam a rotina de podas, manutenções e sifonamento do tanque.
Outra é a de que muitas plantas multicoloridas não são adequadas aos low techs devido à exigência de alta iluminação aliados ao substrato fértil e CO2 alto.
Fora que muitas vezes um aquário de baixa tecnologia demora mais para ficar exuberante devido justamente ao crescimento mais lento da flora e se você mexe muito (como eu) no paisagismo muitas vezes estará “começando do zero” o paisagismo antes do anterior ficar pronto.
Aliás, já vamos pelo menos tentar aplicar sempre que possível o termo correto... de baixa tecnologia, afinal já pagamos pau para muita coisa estrangeira e não acho que precisamos usar um rótulo em inglês para um termo perfeitamente traduzível para nossa língua.
Foto: Rafael Henrique
Foto: Rafael Henrique
"Santíssima trindade" em um low tech.
Iluminação:
Como a flora é praticamente de plantas com exigência baixa a média, lâmpadas tubulares LDD T8 ou compactas “econômicas” de 6500k se prestam muito bem ao serviço, com uma eficiência na nutrição das plantas já reconhecida e com um preço muito menor que as “específicas” para aquário (embora algumas das “para aquário” tenham o espectro de luz voltado especificamente para a fotossíntese das plantas e para realçar o colorido dos peixes).
Abaixo deixo uma relação baseada no site da tropica e em pesquisa na net para a relação das plantas segundo a iluminação:
Faixa de iluminação de 0,3 w/l até 0,8 w/l
- Anubias barteri var.
- Anubias angustifolia ("afzelii")
- Anubias heterophylla
- Anubias barteri "coffeefolia"
- Anubias barteri var. caladiifolia "1705
- Bolbitis heudelotii
- Cryptocoryne beckettii
- Cryptocoryne wendtii "green"
- Cryptocoryne “petchii"
- Cryptocoryne pontederiifolia
- Cryptocoryne walkeri (lutea)
- Cryptocoryne wendtii "brown"
- Cryptocoryne wendtii”Mi Oya”
- Microsorum pteropus
- Microsorum pteropus "Philippine"
- Microsorum pteropus "Tropica"
- Microsorum pteropus "Windelov"
Faixa de iluminação de 0,3w/l a 1w/l
- Ceratophyllum demersum
- Cryptocoryne crispatula var. balansae
- Cryptocoryne undulata
- Cryptocoryne undulata "broad leaves"
- Cryptocoryne wendtii "Tropica"
- Cryptocoryne x willisii
- Cryptocoryne x willisii "lucens"
- Cryptocoryne x willisii albida
- Cryptocoryne. parva
- Echinodorus bleheri
- Echinodorus "Ozelot"
- Echinodorus "Ozelot" green
- Echinodorus parviflorus "Tropica"
- Echinodorus parviflorus "peruensis"
- Hydrocotyle leucocephala
- Hygrophila corymbosa "SiamensiS
- Hygrophila corymbosa “Siamensis 53B”
- Hygrophila polysperma
- Hygrophila polysperma “big leaf”
- Monosolenium tenerum ("Pellia")
- Sagittaria platyphylla
- Sagittaria subulata
- Vallisneria americana "gigantea"
- Vallisneria americana "natans"
- Vallisneria spiralis "Tiger"
- Vesicularia dubyana
Faixa de iluminação de 0,5w/l a 1 w/l.
- Azolla caroliniana
- Bacopa caroliniana
- Bacopa monnieri
- Cabomba caroliniana
- Cardamine lyrata
- Ceratopteris cornuta
- Echinodorus Rubin
- Echinodorus narrow leaves
- Echinodorus cordifolius "Ovalis"
- Echinodorus "Tropica Marble Queen"
- Echinodorus grandiflorus
- Echinodorus macrophyllus
- Echinodorus martii "maior"
- Echinodorus osiris
- Echinodorus palaefolius var. latifolius
- Echinodorus quadricostatus "magdalenensis"
- Echinodorus schlueteri
- Echinodorus tenellus
- Echinodorus uruguayensis
- Echinodorus x barthii
- Egeria densa
- Hydrilla sp
- Hygrophila polysperma "Rosanervig"
- Hygrophila corymbosa "angustifolia"
- Hygrophila corymbosa “Stricta”
- Hygrophila difformis
- Limnophila aquática
- Limnophila sessiliflora
- Lobelia cardinalis
- Ludwigia glandulosa ("perennis")
- Ludwigia repens
- Ludwigia spec. "Cuba"
- Nitella sp
- Rotala rotundifolia
- Salvinia cucullata
- Salvinia natans
- Vallisneria americana var. biwaensis
Como podem ver a faixa de iluminação usada em low techs de 0,4 a 0,8 w/l engloba uma lista razoável de flora para escolha e utilização no paisagismo do aquário.
Foto: Julio Cezar Valença.
CO2:
Bom, realmente muitas das plantas acima não exigem uma injeção de CO2 e em muitos casos como o “clássico low tech” pedras+troncos+musgo+anubias+crytos+microsorum ele possa ser realmente dispensado, a injeção de CO2 (seja por garrafada de fermentação, seja por reação química entre ácido+bicarbonato) é tão fácil e o potencial do CO2 para potencializar o metabolismo das plantas com a iluminação e nutrientes disponíveis, que é realmente recomendado sua introdução em qualquer aquário.
Tenho para mim que a dissolução do CO2 é mais importante que sua produção ou regularidade.
Então um reator onde o CO2 produzido é retido e agitado terá uma eficiência muito boa nesse sistema.
Foto: Solange N.
Nutrientes:
Como já dito, um substrato fértil não é obrigatório e muitas vezes uma fertilização líquida supre totalmente um substrato simples, principalmente em floras de plantas de crescimento lento.
Se usar fertilizantes industriais recomenda-se usar uma dose menor (de ¼ da recomendação semanal) que a recomendada pelo fabricante e ir aumentando, mas eu recomendaria começar com essa dose quinzenal e aumentar se as plantas apresentarem deficiência e quando começar a parecer algas, diminuir para a dose anterior.
Uma coisa muito boa a se fazer é intercalar as fertilizações, dando uma semana macronutrientes e na seguinte micronutrientes, assim dará tempo para as plantas absorverem o máximo de cada nutriente antes de reintroduzi-lo novamente, respeitado inclusive a dose quinzenal de cada.
Ou pelo menos não fertilizar no mesmo momento para evitar reação entre os fertilizantes e precipitação.
Pode-se fertilizar em dias diferentes ou até em pontos diferentes do aquário.
Para evitar possíveis acúmulos, a cada 3 ciclos (3 dosagens de macro e 3 dosagens de micro) deixe uma semana sem introduzir nada.
Existem muitos fertilizantes líquidos no mercado, mas têm um certo custo.
Se tiver uma certa experiência com produtos químicos e acesso a material de laboratório (em especial balanças analíticas e vidraria) poderá economizar muito fazendo o seu fertilizante líquido.
Uso uma fórmula me passada por um grande hobbysta, o Henardj.
Essa solução de macronutrientes (NPK) segue essa proporção (baseada nos produtos seachem e que necessitam o uso de uma balança analítica e vidraria de laboratório).
A receita original dele para 44ml de fertilizante seria:
Misturar em um recipiente:
- 4 ml da solução da Seachem Flourish Nitrogen (15g/l de nitrato de potássio KNO3 - 0,06g para essa solução)
- 8 ml da Seachem Flourish Potassium (50g/l Sulfato de potássio K2SO4 – 2,2g para essa solução) e
- 32 ml da Seachem Flourish Phosphorus (4,5g/l de fosfato de potássio KH2PO4).
Então no caso do KNO3 E DO K2SO4 se dilui como mostrado acima (diretamente na água destilada) e o KH2PO4 vai ser dado pela diluição de 0,9 ml de fosfoenema ou fleet enema* com 31,1 ml de água destilada.
Mudar muito o volume desse fertilizante pode dificultar o manuseio e aumentará o risco de erros em minha opinião, mas um volume mais "fechado" de um litro pode ser mais fácil de fazer.
Para um litro se mistura em um recipiente:
- 91 ml da solução da Seachem Flourish Nitrogen (15g/l de nitrato de potássio KNO3)
- 182 ml da Seachem Flourish Potassium (50g/l Sulfato de potássio K2SO4)
- 20,5 ml de fosfoenema ou Fleet enema* diluído em 706,5 ml para dar 727 ml (para proporção 4,5g/l de fosfato de potássio KH2PO4 da seachem).
* Eles têm uma concentração maior de fósforo que o Seachem Flourish Phosphorus ... 220g/l com 16g/l Fosfato de sódio monobásico NaH2PO4 mais 6 g/l Fosfato de sódio dibásico Na2HPO4 nesses produtos contra 4,5g/l de fosfato de potássio KH2PO4as seachem.
Pode também diluir as 15g de KNO3 e as 50g de K2SO4 cada uma em um pouco de água, colocar em um pote de 1l cada um deles mais os 20,5ml de fosfoenema* ou flet enema* e completar de água até dar um litro.
Dosa-se de 0,5 a 1 gotas por litro quinzenalmente, (podendo passar a 2 ou mais gotas por litro se necessário), valores dependentes da necessidade da flora, lembrando de ministrar a dosagem de forma que as plantas não apresentem deficiências e nem favoreça o surgimento de focos de algas (algas são comuns e fazem parte do sistema, só os surtos são ruins, por isso sem neuras, viu!).
No meu aquário de 200l doso 5ml quinzenalmente (com a pausa mensal) e este é o equilíbrio fértil para ele.
Mas se quiser usar substrato fértil uma ótima e reconhecida opção é o húmus:
Primeiro foque em comprar um húmus de qualidade, com o mínimo de impurezas e cor homogênea. Após a compra se pode (quando não úmido) peneirá-lo ou já partir para lavagem.
Essa etapa seria para tirar partículas mais leves e material não digerido ou agregado (como cocoons e minhocas presentes), além de desfazer os torrões e deixar o húmus homogêneo.
Mexendo bem o húmus e a água em um balde para desfazer torrões e fazer flutuar o que não nos interessa. Depois deixe em repouso por uns dois minutos e descarte a água (cuidado para não ir húmus junto).
Repito esse processo até quando no balde em descanso ver sua mão enfiada dentro da mistura (uns 15-20cm).
Tem gente que ferve o húmus nessa etapa, mas para mim isso seria para esterilizar (matar as bactérias, minhocas e demais animáculos que ainda existam, pois se for para com o calor eliminar a carga orgânica, então estamos fazendo antagônico, já que é exatamente pela carga orgânica que estamos optando pelo húmus, se for assim basta diluir mais o húmus).
Eu aconselho secar o húmus no forno, mas uma dica que recebi do hobbysta Henardj é a de no balde mesmo (tirando o máximo de água possível) jogar água fervendo e mexer (com uma madeira) o húmus.
Depois dessa etapa ou se guarda o húmus puro (pode seca-lo ao sol em sacos de lixo) ou já o dilui para o uso.
A diluição (lembra que falei dela acima?) geral é de 1:1 (eu usava 1:3) para não haver problemas com a forte carga orgânica e para render mais o húmus.
Claro que esse substrato necessita de uma camada isolante de areia (basta cobrir o fundo com laterita, fazer uma camada de +- 1cm de húmus diluído/misturado com areia e cobrir tudo com uma camada de areia ...pode ser de filtro de piscina... de uns 5cm de espessura, recomendam um mínimo de 3cm, mas é melhor não arriscar).
Uma opção é plantar em vasos/potes/topowers/etc já que nesses tipos de aquários a flora fica distribuída em alguns pontos do tanque.
Foto: Rafael Henrique
Filtro:
Não sejamos tão radicais em associar apenas filtros caseiros FVM com aquários de baixa tecnologia ou aquários com plantas (embora tenham um desempenho tão bom quanto, com um custo extremamente menor se comparados aos industrializados).
Existem muitos modelos e tipos de excelentes filtros “Faça Você Mesmo” nos fóruns da net, mas filtros industriais podem ser perfeitamente usados.
O fundamental nos filtros é ter uma vazão não tão forte que importune a fauna, disperse CO2 (favorecendo algas) e desloque as flora nem seja tão fraco que o aquário precise de uma bomba extra interna para movimentar a água e as partículas do fundo (para serem carregadas para o filtro).
Em filtros canisters, filtros internos, sumps, etc uma vazão de 3x a uns 5x já está de bom tamanho (boa para filtragem mecânica e boa para filtragem biológica), mas em filtros externos (devido a configuração de passagem de água pelo filtro e por suas mídias) uma vazão maior de 5X a 10X é recomendável.
Uma modalidade de filtragem biológica (essa mais voltada para aquários com plantas, mas também passível para os de baixa tecnologia) é deixar um filtro com uma vazão alta (7-10X) que fará uma ótima captação de partículas e uma passagem de água em meio a todas as plantas e deixar justamente as plantas realizarem a filtragem biológica e química.
Para isso se planta desde a montagem massivamente com plantas pouco exigentes (veja lista acima no capítulo “iluminação”, mas recomendo desde já plantas como H. polisperma, H. corymbosa, Echinodorus sp, Vallisnerias sp e Hydrilla sp) de forma que se você olhar para o seu tanque por cima, você não vai ver mais do que 10-15% do substrato.
Para aquários de baixa tecnologia de plantas lentas (o “clássico” musgo+Anubia+crypto+Microsorum) plantas de superfície com Ceratopteris sp ou Salvinea sp terão o mesmo efeito e darão um ar mais natural ao aquário.
Foto: Bruno Aragão
Ciclagem:
Justamente pelo exposto acima a ciclagem é dá certo problema, é comum a "ciclagem silenciosa", onde toda amônia e todo nitrito/nitrato é absorvido pelas plantas (quando já adaptadas nas formas imersas, deixo claro!) e não aparecem nos testes (mas não quer dizer que a ciclagem não esta acontecendo).
Neste caso pode-se introduzir fauna algueira (Moluscos, peixes, camarões, etc) logo nas primeiras semanas, mas caso seu tanque tenha pouca flora já na forma imersa (estamos falando de grande quantidade, mais de 50% do substrato), seria melhor esperar os 30-40 dias e acompanhar com testes).
Aliás, como o baixa tecnologia é mais estável, a incidência de algas é bem menor e com isso a fauna algueira é muito interessante e efetiva no controle.
Recomenda-se um Otto para cada 20 litros, mas acho que em um de baixa tecnologia um para cada 40 litros já controla completamente as algas (sem esquecer da complementação com ração).
Sifonagem e Trocas Parciais de Água:
Bom, se houver muitas plantas ou troncos/pedras, fica muito difícil ter acesso a todo o substrato.
Evite ao máximo afundar o copo do sifão na areia/cascalho, pois mesmo não tendo substrato fértil, isso interfere no equilíbrio do aquário.
Uma grande verdade no aquarismo é que "quanto menos mexer melhor!!".
Tente agitar o copo e absorver as partículas acima do substrato.
Justamente aproveite essa oportunidade para fazer as TPA, que nos de baixa tecnologia podem ser feitas em intervalos quinzenais ou até mensais (seu tanque que “vai definir”, pois embora os detritos ajudem na nutrição da flora não se deve deixar acumular a ponto de "ficar visível", sob o risco de desequilibrar o sistema e isso se traduzirá no aparecimento de algas).
Foto: Leandro Rocha
Finalizando
Claro que é necessário um pouco de paciência (mas se você não a tem está no hobby errado), mas dá perfeitamente para ter aquários maravilhosos de baixa tecnologia com uma flora espetacular que não deve nada aos plantados.
E o que é melhor... de forma mais fácil e mais barata.
A manutenção de um low tech é bem simples, bastando fazer a sifonagem/TPA quinzenal, dosar o fertilizante depois disso, se tiver de podar alguma planta aproveita-se e apreciar o aquário o resto dos dias apenas alimentando os peixes (sem esquecer de fazer as manutenções nos filtros, trocas de lâmpadas, etc).
E a variedade de montagem vai de aquário praticamente apenas de troncos com plantas presas a estes até aquários com paredões de plantas no fundo e laterais, onde os peixes somem de vista.
Tudo isso pode ser seu, basta ter vontade e personalidade para nadar contra o cardume que diz “o que é melhor” e “como se faz”.
Abraços e boa sorte.
Foto: Marlan
Referências: